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terça-feira, 2 de junho de 2009

Nau de Ícaros







Nau de Ícaros .Foi através do alinhamento de seus conhecimentos em teatro, dança e música às técnicas circenses desenvolvidas nas escolas de picadeiro que um grupo de atores e artistas criou em 1992, “Nau de Ícaros”, espetáculo que lançou a linguagem desse grupo dentro de uma lona de circo, no Circo Escola Picadeiro de São Paulo, contando uma estória envolvente de marujos e suas mágicas embarcações.
Estreando em 1993, no ano seguinte este espetáculo foi adaptado para palco italiano e, a partir de então, percorreu os Teatros Municipais da cidade de São Paulo obtendo diversas indicações de prêmios, mesmo não sendo considerado pela crítica nem como teatro, tampouco como circo. Ainda em 1994, o grupo criou o espetáculo “Sob o Céu”, realizado nos diversos Sesc, espaços da cidade e no interior do estado.
Em 1995, fez a estréia no SESC Ipiranga, do espetáculo de rua “Zerói”, de Hugo Possolo. Neste mesmo ano, a Nau participaria ainda da Ópera “Os Pescadores de Pérolas”, no Teatro Municipal de São Paulo, com direção de Naum Alves de Souza.
Em 1997 a Companhia estreou o espetáculo “O Pallácio não Acorda”, com roteiro também de Naum Alves de Souza, espetáculo que ficou 6 meses em cartaz e ganhou 9 prêmios, sendo 5 Prêmios Mambembe (ator coadjuvante, direção, texto, melhor espetáculo e categoria espacial – técnicas circenses para o teatro), 2 Prêmios Coca-Cola (figurino, iluminação) e 2 Prêmios APCA (ator e cenário). Além disso, “O Pallácio...” foi também o espetáculo que mais recebeu indicações para prêmios naquele ano.
Em 1998, a partir da parceria com o Bloco do Baque Bolado – grupo de artistas percussionistas ligados à pesquisa da vasta cultura brasileira – surgiu o espetáculo “Quase Uma...”, com direção de Marco Vettore. O espetáculo pôde ser encarado como o resultado da soma do Circo, Música e Vídeo, sendo trabalhado e divulgado pela Nau de Ícaros no 12o Festival de Inverno de São João Del Rey, 7a Mostra de Teatro do Monte Azul, 1o Festival Sesc do Novo Circo, além de uma temporada no espaço cultural A CASA e no próprio galpão da Cia.
Em 1999 estreou o espetáculo “O Casamento de Lina”, em homenagem à arquiteta Lina Bo Bardi, que utilizaria como cenário a grandiosa obra da arquiteta. Esse espetáculo teve como base a mesma experiência de utilização de espaços arquitetônicos diferenciados que havia sido possível quando, nesse mesmo ano, a Cia havia criado especialmente para o Sesc Pompéia o espetáculo “El Gran Circo Carnaval”.
Em 2000 foi a vez de estrear “O CirCo”, uma homenagem ao circo tradicional e seus bastidores, que mais uma vez demonstrava o potencial criativo da Cia. E que permaneceu em cartaz por 2 meses nos principais espaços culturais da cidade de São Paulo.
Em 2001, seguindo sua trajetória e encontrando no Circo Contemporâneo a possibilidade da intersecção de diversas linguagens artísticas como teatro, dança, música e vídeo, a Cia Cênica Nau de Ícaros realizou “ÂnimaAção”, espetáculo que participaria do 14º. Festival de Inverno de São João Del Rey com enorme sucesso.
Também nesse ano, fiel ao seu propósito de aliar a linguagem circense às técnicas artísticas contemporâneas, a Nau de Ícaros idealizou o projeto “Galpão na Rua”: um ensaio aberto na praça Horácio Sabino, em Pinheiros evento realizado cuja proposta é a de ganhar as ruas de São Paulo ao menos uma vez ao mês, com o intuito de aproximar-se mais do grande público e resgatar os espetáculos mambembes. Em sua estréia, a Cia. Apresentou o espetáculo “NauHumoricos”.
No ano de 2002, a Cia. Realizou o espetáculo “E agora...” encomendado pelo Banco Real e apresentado em diversas escolas da capital paulistana.
Em 2003, fruto das diversas pesquisas e conhecimentos acumulados ao longo de sua carreira, a Cia. cria o “Projeto Fronteiras”, apresentado na Bienal de dança promovida pelo SESC Santos e que culminaria com a estréia em outubro desse mesmo ano do espetáculo “Fronteiras”.
Foi também em 2003 que a Nau de Ícaros foi agraciada com o prêmio “Fomento ao Teatro” do município de São Paulo o que possibilitou um trabalho de pesquisa continuada, melhor estruturação de local para ensaios, além de trabalhos realizados com a comunidade tais como oficinas diversas e a realização de um novo espetáculo intitulado “Cidade dos Sonhos”.
Em 2004 a Nau de Ícaros estreou o espetáculo “Cidade dos Sonhos”, que ficou em cartaz no Centro Cultural Vergueiro em São Paulo nos meses de abril e maio.
E em junho deste mesmo ano, a Cia Cênica Nau de Icaros embarcou para a Europa com o projeto “Caravana” numa turnê de 75 dias e 67 apresentações em festivais na Itália, França, Bélgica e Suíça.
Nos últimos 7 anos a Nau de Ícaros realizou uma festa chamada “Ultréya”, cujo objetivo é o de abrir espaço para artistas convidados se apresentarem, propiciando assim a cada nova edição, uma proposta artística diferente, resultante da uma pesquisa e desenvolvimento de linguagens que conciliem artes diversas sob a ótica do novo circo – tudo em clima de muita festa, música e um público muito participativo.
Com toda a diversidade conquistada com o passar dos anos, a Nau de Ícaros é hoje composta por profissionais destas diversas áreas, desenvolvendo uma linguagem própria aliada também aos conhecimentos da arquitetura e engenharia e mantendo um espaço de investigação e difusão de uma linguagem artística autêntica que recria nos espaços urbanos os ritos das festas e autos populares brasileiros.

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